quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Inem não transporta cadáveres de pacientes que morram nas ambulâncias

Se um doente morrer a bordo de uma carrinha do INEM, o veículo detém-se e o cadáver tem de ser transferido para um transporte alternativo porque formalmente não pode seguir viagem na mesma viatura.

Esta norma pode dar origem a situações em que um corpo demore cerca de uma hora a ser transferido de veículo, como aconteceu esta semana no distrito de Bragança.De acordo com a Lusa, o caso aconteceu na passada quinta-feira quando uma vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral, vulgarmente conhecido por trombose) morreu a meio caminho entre Torre de Moncorvo e Bragança, na zona de Caravelas, próximo de Bornes.

A partir do momento em que é confirmado o óbito, o INEM cessa a sua função e a ambulância pára, segundo disse à Lusa fonte do Instituto sublinhando que "não é missão do INEM transportar cadáveres". Segundo explicou, quando ocorre o óbito é accionada a autoridade mais próxima, neste caso a GNR, que fica no local junto ao corpo até chegar o transporte alternativo. A finalidade, de acordo com a fonte é "libertar os meios de emergência, nomeadamente as ambulâncias para a sua missão de socorro".

Porém neste caso, a VMER ficou imediatamente disponível, mas a ambulância do INEM que transportava o doente falecido manteve-se no local até chegar uma outra ambulância dos bombeiros de Mirandela que fez o transporte para a morgue de Bragança.

Delegado distrital de Saúde de Bragança discorda da norma. Os intervenientes admitem que este processo possa parecer "chocante", mas dizem que são as regras, de que discorda o delegado distrital de Saúde de Bragança. Victor Lourenço defende que "a ambulância em transporte do doente urgente deve seguir para a morgue", e não encontra qualquer justificação de saúde para este procedimento. Para o delegado de saúde, a forma de resolver este tipo de situações e agilizar e libertar realmente os meios de socorro seria licenciar em Portugal os carros de transporte de cadáveres, à semelhança do que já acontece em outros países da União Europeia, nomeadamente na vizinha Espanha.

fonte: Público/Fernando Veludo

3 comentários:

Anónimo disse...

Este blog é o máximo. Mesmo a situação de enfermagem não estando para rir, com um humor destes não há quem não resista a soltar uma gargalhada!

Anónimo disse...

Comentado no Rebenta a Bolha a 31/10/2008, p´la redactora RB do Sala de Enfermagem.

Anónimo disse...

Mais vez parabéns pelas imagens!
desassossego