segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Estou sim?!




Oito fundadores e supervisores da linha Saúde 24 (800 24 24 24), lançada há ano e meio, escreveram uma carta à ministra Ana Jorge denunciando aquilo que consideram ser “o caos organizativo” em que este serviço caiu.

Segundo a notícia avançada hoje pelo “Correio da Manhã”, a carta, com 15 pontos, os subscritores apontam falhas na plataforma de atendimento, que chega a estar inoperacional por várias horas, dizem que há utentes que ligam para a linha mas que não são atendidos e que há falhas na comunicação com os serviços de emergência.

Na carta, a empresa responsável, regida numa parceria público-privado com a operadora LCS, SA, do grupo Caixa Geral de Depósitos, é ainda acusada de alterar regras no atendimento para poder ganhar mais dinheiro e das triagens dos doentes nem sempre serem eficazes e rápidas como era esperado.

Os supervisores alertam ainda para o facto do director do centro de atendimento ter pedido que as transferências para o INEM sejam imediatas, mesmo antes de uma avaliação correcta das reais necessidades do doente, porque “o Estado só paga se 95 por cento das chamadas forem tratadas e transferidas em menos de 10 minutos”, diz o documento, citado pelo “Correio da Manhã”.

A LCS foi alvo de uma providência cautelar interposta por cinco dos enfermeiros supervisores, que viram os seus horários de trabalho alterados unilateralmente e que se queixam ainda de terem sido impedidos de entrar no local de trabalho e de terem acesso ao sistema informático.

Contactada pela Lusa, a Direcção-Geral de Saúde rejeitou as críticas de falta de eficácia e "caos organizativo" da linha telefónica Saúde 24, alegando que a qualidade do atendimento e o interesse público estão salvaguardados.

"É natural que haja interesse da operadora em ter lucro. Nós, Direcção-Geral da Saúde (DGS), marcamos a diferença no cumprimento da qualidade do serviço público. Asseguramos que a qualidade e o interesse público estão acima de qualquer outro interesse", afirmou à agência Lusa o responsável da DGS pela linha, enfermeiro Sérgio Gomes.

Face às denúncias de falhas no atendimento, a Direcção-Geral da Saúde responde que a taxa de eficácia tem níveis superiores a 95 por cento.

Assim, em 100 chamadas realizadas, menos de cinco ficarão por atender, sublinha Sérgio Gomes, lembrando ainda que a linha Saúde 24 atende uma média de 1600 chamadas diárias.

O balanço ao final de um ano apontava para 125 mil horas de atendimento e 106 mil idas às urgências evitadas.

(fonte:jornal Público)


Em resposta:

A Direcção-Geral de Saúde rejeitou as críticas de falta de eficácia e "caos organizativo" da linha telefónica Saúde 24, alegando que a qualidade do atendimento e o interesse público estão salvaguardados.

(Fonte: Jornal de Notícias)


A ministra da Saúde garantiu, esta segunda-feira, ter informações de que a qualidade do atendimento na linha telefónica Saúde 24 "é boa". Ainda bem que não disse "porreira", ou "jeitosinha", ou "bacana", ou "fixe". Não está bem mas está boa...Boa, Senhora ministra! Sempre em cima do acontecimento. Logo agora que todos esperávamos que dissesse mal de uma iniciativa política socialista.


Resenha de imprensa:

Público: Supervisores da linha Saúde 24 denunciam "caos organizativo" deste serviço

JN: Direcção-Geral nega caos na Linha Saúde 24

CM: Linha Saúde 24 vive no caos


DG: Ministra da Saúde considera atendimento «bom»


RTP: Direcção-Geral garante qualidade no atendimento da Linha Saúde 24




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