quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson

"A Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson tem um novo site, no qual podem ser colocadas questões directamente a um médico neurologista na área da doença de Parkinson.

Através do novo site, que versa sobre a área técnica e clínica da doença de Parkinson, os associados podem obter informações sobre artigos vistos na imprensa, legislação de relevo e informação sobre apoios."



Obama vence



Barack Obama vence as presidenciais Norte-Americanas.
Dados de 5 de Novembro, ás 12:38.

"Se alguém duvidava de que neste país todos os sonhos podem ser realizados, se alguém duvidava do poder da democracia, esta noite tiveram a sua resposta". Foi com estas palavras que o novo presidente norte-americano, o democrata Barack Obama, iniciou ontem o seu discurso de vitória perante mais de 125 mil apoiantes.

"Demorámos muito tempo a chegar até aqui, mas esta noite, a mudança chegou à América", afirmou Obama, que subiu ao palco na companhia da esposa, Michelle, e das filhas. Num discurso tranquilo mas recheado de significado, o primeiro presidente negro da História dos EUA recordou a sua avó, que faleceu no dia anterior às eleições, agradeceu o apoio da esposa, que disse ser "a pessoa mais importante da sua vida", e felicitou McCain, lembrando o seu ''sacrifício pela América''.

"O senador McCain é um homem corajoso que lutou pelo nosso país e sofreu muito mais do que podemos imaginar em nome dos ideais deste país", afirmou também Obama, sublinhando esperar contar com ele para o ajudar a governar o país.

Apesar de satisfeito com a vitória, Obama disse ainda que "amanhã será um dia de grandes desafios, entre eles a guerra no Iraque e a crise financeira".

"Sempre fui honesto com o povo e continuarei a sê-lo. Terei o maior prazer em reconstruir a América que nasceu há 220 anos", acrescentou.

Como Lincoln, antigo presidente dos Estados Unidos, disse uma vez "a amizade é o que nos unirá".

''O caminho será longo e íngreme. Podemos não chegar lá num ano ou sequer num mandato, mas nunca tive tanto a certeza, como tenho hoje, de que lá chegaremos'', afirmou ainda, antes de terminar o discurso com o lema da sua campanha: ''Sim, podemos''.

Fonte:CM/JN

O candidato republicano John McCain já reconheceu a derrota e deu os parabéns ao adversário, afirmando que nada mais podia ter feito para tentar chegar à vitória. Aqui John McCain surpreendeu. Demonstrou humanidade, sinceridade e elevação ao silenciar os apupos dos seus apoiantes no momento em que falava de Obama. Aproveitou ainda o momento para, exemplarmente, pedir que todos os americanos, como ele próprio, se disponibilizem para ajudar e apoiar totalmente o novo presidente dos Estados Unidos da América.

O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez felicitou hoje Barack Obama pela eleição histórica e expressou a vontade de estabelecer novas relações com os Estados Unidos e relançar uma agenda bilateral construtiva para o bem-estar dos dois povos.

O Presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, pediu, hoje, ao Presidente eleito dos EUA, Barack Obama, que conduza uma guerra anti-terrorismo que evite as mortes de civis. O apelo surge após um ataque, hoje, das forças americanas no sul do país que terá feito cerca de 40 mortos entre convidados de um casamento.

O nosso primeiro-ministro, José Sócrates, considerou hoje a vitória de Barack Obama nas presidenciais norte-americanas "um momento histórico" que irá contribuir para a melhoria das relações entre os Estados Unidos e a Europa.



Chega assim ao fim a campanha eleitoral mais longa, mais cara e mais mediática de toda a história. No Sala-de-Enfermagem destacamos a elevação do debate eleitoral, o respeito pelo adversário e a visão de futuro que ambos os candidatos demonstraram.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Estou?Estou...?ESTOU!?...Olha...isto paga-se na mesma?

"Das 02h00 até perto das 07h00 da madrugada de sábado para domingo a Linha Saúde 24 esteve sem conseguir atender chamadas, fazer triagem de doentes ou referenciar casos para as unidades de saúde. Um utente podia ligar, mas o telefonema não era atendido, apesar de lhe ser cobrado o habitual custo da chamada local."

Na origem das falhas esteve a actualização do sistema informático, que obrigou ao corte das linhas telefónicas durante uma parte da noite e depois impediu que os enfermeiros conseguissem aceder ao programa informático que faz o despiste das situações e permite o aconselhamento dos utentes sobre o que fazer em caso de doença. As chamadas começaram depois a ser atendidas via central do Porto, mas sempre sem o acesso ao sistema de triagem. O problema ficou solucionado perto das 07h00, mas a comunicação com as unidades de saúde (hospitais e centros de saúde) através de fax só ficou operacional por volta das 10h00.

Esta actualização já estava prevista, mas não foi informada aos utentes da linha, apenas aos funcionários que estavam de turno. E, como o sistema esteve inoperacional, é impossível perceber quantas chamadas se perdeu. Mas, ao que o CM apurou, a linha de atendimento recebeu dois casos de emergências que tiveram de ser encaminhados para o INEM através de chamadas manuais dos enfermeiros que estavam a trabalhar, mas sem que fosse possível enviar dados clínicos sobre os doentes. Houve também um caso de perigo de intoxicação que não foi possível transferir para o Centro de Informação Anti-Venenos (CIAV) do INEM e o operador foi obrigado a fornecer o número de telefone ao utente para ele próprio ligar.

Contactado pelo CM, o responsável da Direcção-Geral da Saúde pelo acompanhamento da Linha, Sérgio Gomes, afirmou apenas ter conhecimento de que haveria uma actualização do sistema, mas remeteu mais esclarecimentos para a entidade gestora. O nosso jornal tentou contactar o responsável pela LCS, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição.


SUSPENSA ENFERMEIRA VOZ DA LINHA

"Bem-vindo à Saúde 24. Por questões de segurança os seus dados pessoais serão registados. Por favor, não desligue. Obrigado." A voz da mensagem que se ouve sempre que alguém liga para o 808 24 24 24 é a da enfermeira suspensa na passada semana pelo conselho de administração da Linha Saúde 24. Ana Rita Cavaco é um dos oito supervisores que denunciaram problemas no serviço e a primeira subscritora da carta enviada à ministra da Saúde, Ana Jorge. Na 5ª feira, a administração da LCS comunicou-lhe que estava suspensa e que a sua presença é considerada "inconveniente nas instalações da empresa". Foi-lhe aberto um processo disciplinar, apesar de não ter sido comunicada nota de culpa (razão para o processo). A situação aumentou o clima de mal-estar na equipa que assegura o serviço.


DENÚNCIA

Numa carta enviada a Ana Jorge, oito supervisores do serviço alertam para o caos organizativo.

REACÇÃO

A ministra Ana Jorge pede à Direcção-Geral da Saúde que analise as denúncias. Esta avaliação está em curso. A empresa LCS rejeita as acusações e paga anúncio nos jornais onde defende que as denúncias se explicam pelo facto de os enfermeiros quererem "manter o pluriemprego e conveniências pessoais".

INVESTIGAÇÃO

A Ordem dos Enfermeiros está também a analisar este caso.

Fonte:CM, ler Aqui. (Clique para ler)


Opinião da Ministra, Dr.ª Ana Jorge,

«A Ministra da Saúde recusou comentar esta segunda-feira a falha de funcionamento da Linha Saúde 24 durante a madrugada de sábado para domingo, que o 'Correio da Manhã' noticiou. Ana Jorge remeteu-se ao silêncio por estar ainda a aguardar os “resultados” de uma reunião entre a Direcção de Saúde e a empresa gestora do serviço.

A Ministra da Saúde ressalvou, no entanto, o bom funcionamento deste serviço de um modo geral: “A Linha Saúde 24 tem vindo a desempenhar um bom trabalho de resposta à população e esperamos que não se repita aquilo que possa ter acontecido”.

Ana Jorge revelou ainda estar também a acompanhar as situações de “falha” no atendimento telefónico do Instituto nacional de Emergência Médica (INEM), garantindo que são apenas “casos pontuais”.

A reunião entre a Direcção-geral de Saúde e a empresa gestora da Linha Saúde 24 decorreu esta manhã, mas a Ministra da Saúde diz que não sabe quando vai ter os resultados da mesma.»


Fonte: CM, ler Aqui.(clique para ler)

sábado, 1 de novembro de 2008

Descoberto novo teste pré-natal para síndrome de Down

Uma equipa de investigadores norte-americanos revelou ter desenvolvido um novo teste sanguíneo pré-natal para determinar se um bebé tem síndrome de Down. Esta alteração genética, que provoca atrasos mentais e outros problemas, ocorre quando a criança tem três cópias do cromossoma 21, em vez das duas normais.


É o primeiro teste universal e não invasivo. É mais seguro e apresenta menos riscos para o feto do que os métodos invasivos como a amniocentese – onde uma agulha é introduzida no útero com o objectivo de retirar uma amostra do líquido amniótico , e a amostra das vilosidades coriais.
Estes testes apresentam um risco de cerca de 1 por cento de aborto ou defeitos à nascença. Coordenados por Stephen Quake, da Universidade de Stanford, na Califórnia, os investigadores descobriram uma forma de procurar os cromossomas extra que provocam a síndrome de Down nas pequenas quantidades de ADN fetal que circulam no sangue da mãe.


Este teste pode ser efectuado mais cedo – o que dá à mulher mais tempo para tomar uma opção quanto à sua gravidez – e detecta outras doenças cromossómicas como a síndrome de Edward, que mata metade dos bebés na primeira semana de vida, e a síndrome de Patau, que mata mais de 80 por cento das crianças durante a infância.


A precisão do novo teste genético foi demonstrada num pequeno estudo com 18 mulheres grávidas. O teste permitiu identificar com exactidão nove mulheres com fetos portadores de síndrome de Down e três com outras doenças cromossómicas.


O Dr. Quake salienta, porém, a necessidade de repetirem os estudos num número mais alargado de mulheres, mas está confiante que este fará parte da rotina nos hospitais dentro de pouco tempo.


Continua, no entanto, a ser importante que os futuros pais estejam bem informados sobre a síndrome de Down.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Infecção por HPV...Questões principais.

O cancro do colo do útero tem uma incidência muito alta em Portugal no contexto da Europa dos quinze. Tal facto é consequência da ausência de programas de rastreio organizados em todo o país. A região centro tem um programa em curso desde 1990, por isso apresenta uma taxa de incidência muito mais baixa que o resto do país.


A história natural deste cancro é bem conhecida. O principal responsável é o vírus do papiloma humano de alto risco (HPV). Numa 1ª fase o vírus infecta as células do colo do útero e depois, perante determinadas condições, transforma-as progressivamente numa célula cancerosa. Na maior parte dos casos, esta evolução acontece sem qualquer sintoma, sem qualquer sinal.

As infecções pelo HPV são a doença sexualmente transmissível mais frequente na Europa. Em mulheres sexualmente activas, alguns estudos demonstram uma prevalência de 70%, o que é muito elucidativo da facilidade com que transmite. Não são necessários comportamentos considerados de risco para que uma mulher possa entrar em contacto com o vírus e adquirir a infecção.

O vírus propaga-se com extrema facilidade através das relações sexuais, mas não é indispensável que haja penetração, basta um contacto da zona genital com o vírus. A infecção, por si só não representa uma ameaça grave, na medida em que na maior parte dos casos (95%) é debelada pelas defesas naturais, sem consequências.


O problema está, que não é possível distinguir à partida os 5% em que corre mal. Por isso é fundamental a prevenção com a vacina e o rastreio. Em Portugal te-mos cerca de 2.850.000 mulheres

que deviam fazer regularmente um rastreio com citologia. Destas 20 a 30% fazem citologias todos os anos, às vezes mais de uma vez por ano.

As restantes nunca o fizeram ou fazem-no erraticamente, sem método, sem rigor! É sobretudo neste grupo que vamos encontrar os cerca de 960 novos casos de cancro invasivo que diagnosticamos todos os anos. Destas cerca de 360 vão morrer, porque a doença é detectada numa fase tão avançada, que a cura não é possível! No programa de rastreio da região centro 90% das mulheres com cancro invasivo do colo não fazem uma citologia há mais de 5 anos!


Uma nova e promissora expectativa foi aberta com o advento da vacina. Duas estão disponíveis nas farmácias. Ambas protegem contra o HPV 16 e 18, que são responsáveis por cerca de 75% dos casos de cancro do colo do útero. Uma delas é quadrivalente, porque protege também contra o HPV 6 e 11, que é responsável por 90% dos condilomas genitais e pode proporcionar outros benefícios potenciais diminuindo a frequência de lesões pré-cancerosas genitais e doenças graves da laringe. O Ministério da Saúde decidiu incluir a vacina no plano nacional de vacinação, tornando-a de uso universal e gratuita para toda a população envolvida: jovens com 13 anos em 2008; jovens com 13 e 17 anos em 2009, 2010 e 2011, seguindo-se então só as adolescentes com 13 anos.


Seja como for, importa salientar que a vacina não cobre todas as hipóteses. Para as vacinadas e não vacinadas o rastreio é indispensável.

Dr. Daniel Pereira da Silva, Director do Serviço de Ginecologia, IPO Coimbra.



É realmente eficaz?

O valor da actual vacina contra o HPV não pode ser subestimado e deveria ser considerado de acordo com as recomendações do FDA e CDC ou seja : crianças e mulheres até 26 anos de idade devem receber a vacina em 3 doses nos meses 0, 2 e 6.

Em mulheres com 21 anos ou mais, um teste de papanicolau deve ser realizado antes de se administrar a vacina. A vacina contra o HPV não substitui a necessidade de se utilizar outros meios preventivos tais como o Papanicolau. Em mulheres que planeiam se abster de sexo, ou que possuem apenas um parceiro sexual há uma redução dramática do risco de infecção com o HPV de tipos 16/18 e 6/11 tornando o uso da vacina nestes casos menos valiosa.

(Obstet Gynecol 2006 Jan;107(1):18-27: Eficácia da vacina contra o vírus do papiloma humano tipo 16 para prevenir a neoplasia intraepiltelial cervical:um teste aleatório controlado.Mao C, Koutsky LA, Ault KA, Wheeler CM, Brown DR, Wiley DJ, Alvarez FB, Bautista OM, Jansen KU, Barr E. Departamento de Obstetrícia e Ginecologia, University of Washington, Seattle, Washington 98104-2499, USA.)




Confere protecção imunitária durante qua
nto tempo?

"A vacina de partículas similares do vírus do HPV16 L1 oferece protecção de alto nível contra infecções persistentes pelo HPV16 e contra NIC 2-3 relacionadas com o HPV16 por pelo menos 3, 5 anos após a imunização. A administração de vacinas de partículas similares do vírus do HPV16 L1 que atacam o vírus do HPV16 tem probabilidade de reduzir o risco de cancro cervical."

(Gynecol Obstet Fertil 2006 Mar;34(3):189-201. Prevenção do câncer cervical: o impacto da vacina contra o HPV. Monsonego J. Institut A.-Fournier, 174, rue de Courcelles, 75017 Paris, France.)



O Sala-de-Enfermagem, disponibiliza esclarecimentos adicionais acerca desta temática. Coloquem as vossas questões e dúvidas. Seja, ou não, profissional de saúde. Disponibilizamos ainda o poster acerca do HPV, distribuído pelo governo brasileiro, numa tentativa de diminuir as taxas de infecção.

(clique na imagem para abrir)




Bancos pagaram menos 145 milhões de impostos este ano

Apesar de lucrarem mais de 3 milhões por dia, para os cinco maiores bancos 2008 é ano de poupar nos impostos. Ao todo são menos 145 milhões de euros, e nem tudo é pago às finanças portuguesas. A quebra dos lucros e o facto de efectivamente pagarem metade da taxa de IRC das empresas em geral, através da manobra fiscal do aumento de provisões, são as explicações para esta "poupança fiscal" dos banqueiros.

O anúncio dos resultados do terceiro trimestre dos principais bancos portugueses (só falta a Caixa Geral de Depósitos) mostrou que afinal a banca portuguesa continua a lucrar apesar da crise. Apesar dos lucros serem menores que em 2007, os banqueiros não têm razões para estarem descontentes. Como disse Ricardo Salgado na apresentação dos resultados do BES (lucros de 334,8 milhões entre Julho e Setembro), este lucro "não deixa de ser notável, considerando que há bancos na Europa a apresentar resultados negativos".


Vivemos num país simpático. De brandos costumes. À semelhança de outros países, que até são visita frequente neste blogue, já vamos esquecedo as agruras do dia-a-dia com sol, samba e sorvete.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama



Todos os anos são diagnosticados em Portugal cerca de quatro mil novos casos de cancro da mama, uma doença que afecta sobretudo mulheres, mas em que um por cento dos casos penaliza homens.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Senologia, 1500 desses diagnósticos acabam por levar à morte dos doentes. No Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama, que hoje se assinala, é tempo para um balanço das actividades de luta contra aquele carcinoma, e também de chamar os homens a apoiar as mulheres afectadas.

Para assinalar a efeméride, o Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro apresentou, às primeiras horas desta manhã, a campanha de sensibilização «Eles também choram», especificamente dirigida aos maridos, companheiros, filhos e amigos das mulheres vítimas do carcinoma mamário. A sessão de lançamento da iniciativa teve lugar no recinto do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, tendo sido explicado aos presentes que, “para ajudar os homens a ajudar as mulheres”, o Movimento Vencer e Viver, constituído por centenas de mulheres mastectomizadas na sequência da doença, lançou uma campanha que, de acordo com as palavras da coordenadora nacional do movimento, Conceição Matos, pretende sobretudo dar uma ajuda aos “homens que têm na sua vida uma mulher que sofre de cancro da mama”, no sentido de eles “deixarem de fazer parte do problema para passarem a fazer parte da solução”.

No âmbito de uma efeméride a que também a Assembleia da República se associa, com a instalação de uma iluminação cor-de-rosa (a cor da luta contra a doença) na fachada do Palácio de São Bento, numa cerimónia agendada para as 18h30, e que contará com a presença de Jaime Gama e de outras destacadas individualidades, o dia de hoje pretende chamar a atenção da sociedade para o facto de a prevenção do cancro da mama assentar fundamentalmente na realização de rastreios, de que, segundo notícias recentes, mais de 40 por cento das mulheres portuguesas fogem. Além dos rastreios, há também as consultas de rotina, indicadas para as mulheres com mais de 50 anos, e a coordenação entre um grupo pluridisciplinar de médicos que confluem na necessidade de diagnosticar atempadamente esta doença, para agir mais rapidamente sobre ela, evitando as consequências mais penalizadoras, como a extracção de parte ou toda a mama e as metástases para outros órgãos do corpo humano.

No Algarve o Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama é assinalado com um balanço dos dois anos de actividade da unidade móvel de rastreio digital, que já fez exames a 17 mil mulheres dos 16 concelhos da região. O presidente da Associação Oncológica do Algarve, José Santos Pereira, recorda a “luta titânica” travada contra “incompreensões e vontades” que garante ainda não ter compreendido, mas afirma ser hoje “um homem feliz” com os resultados alcançados. Citado pelo Observatório do Algarve, aquele responsável frisa que se trata de “um exame gratuito, a todas as mulheres entre os 50 e os 65 anos, convocadas através de carta da Administração Regional de Saúde, que nem precisam de se candidatar”. A única “candidatura” aos exames de rastreio é a idade da mulher, enuncia José Santos Pereira, salientando que “está previsto o aumento da idade das convocadas”, que a cada ano subirá um ano, de modo a atingir os 70 anos em 2012.

Fonte: Carla Teixeira

No site da Liga Portuguesa Contra o Cancro encontramos alguns dados sobre o cancro da mama, sobre o rastreio e formas de participação no mesmo.

Por fim deixamos um vídeo, que embora seja realizado por jovens de 12.º ano, não deixa de revelar uma realidade.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Inem não transporta cadáveres de pacientes que morram nas ambulâncias

Se um doente morrer a bordo de uma carrinha do INEM, o veículo detém-se e o cadáver tem de ser transferido para um transporte alternativo porque formalmente não pode seguir viagem na mesma viatura.

Esta norma pode dar origem a situações em que um corpo demore cerca de uma hora a ser transferido de veículo, como aconteceu esta semana no distrito de Bragança.De acordo com a Lusa, o caso aconteceu na passada quinta-feira quando uma vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral, vulgarmente conhecido por trombose) morreu a meio caminho entre Torre de Moncorvo e Bragança, na zona de Caravelas, próximo de Bornes.

A partir do momento em que é confirmado o óbito, o INEM cessa a sua função e a ambulância pára, segundo disse à Lusa fonte do Instituto sublinhando que "não é missão do INEM transportar cadáveres". Segundo explicou, quando ocorre o óbito é accionada a autoridade mais próxima, neste caso a GNR, que fica no local junto ao corpo até chegar o transporte alternativo. A finalidade, de acordo com a fonte é "libertar os meios de emergência, nomeadamente as ambulâncias para a sua missão de socorro".

Porém neste caso, a VMER ficou imediatamente disponível, mas a ambulância do INEM que transportava o doente falecido manteve-se no local até chegar uma outra ambulância dos bombeiros de Mirandela que fez o transporte para a morgue de Bragança.

Delegado distrital de Saúde de Bragança discorda da norma. Os intervenientes admitem que este processo possa parecer "chocante", mas dizem que são as regras, de que discorda o delegado distrital de Saúde de Bragança. Victor Lourenço defende que "a ambulância em transporte do doente urgente deve seguir para a morgue", e não encontra qualquer justificação de saúde para este procedimento. Para o delegado de saúde, a forma de resolver este tipo de situações e agilizar e libertar realmente os meios de socorro seria licenciar em Portugal os carros de transporte de cadáveres, à semelhança do que já acontece em outros países da União Europeia, nomeadamente na vizinha Espanha.

fonte: Público/Fernando Veludo

Em busca da dignidade perdida...

Na Letónia é possível jantar, num restaurante criado por três médicos: os empregados de mesa servem vestidos de enfermeiros e a decoração remete para o ambiente hospitalar.

O restaurante chama-se simplesmente "Hospital" e foi aberto em Riga. Os clientes podem comer em mesas para exames médicos ou até mesmo numa cama ginecológica. Embora sirva pratos tipicamente europeus, o cardápio não foi deixado ao acaso e os pratos têm nomes referentes a doenças, como por exemplo "Debilitas Universalis Gravis".

De acordo com a BBC, o restaurante tem ainda um serviço especial: se o cliente quiser pode pedir para ser alimentado preso numa camisa-de-forças.


fonte: Expresso


Lamentável....e ridículo.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Vacinação contra o vírus do papiloma humano começou hoje

A vacinação de adolescentes contra o vírus do papiloma humano (HPV), um dos principais responsáveis pelo cancro do colo do útero, começou hoje.
A vacina a administrar por rotina às jovens com 13 anos de idade em 2008 (nascidas em 1995) é tetravalente (Gardasil®), contra os genótipos 6, 11, 16 e 18 de HPV, segundo o esquema: 0, 2 e 6 meses. O esquema vacinal fica completo com 3 doses (Resumo das Características do Medicamento – RCM), conforme a Circular Normativa da DGS.

O objectivo é prevenir as infecções pelo vírus e diminuir a incidência do cancro do colo do útero, que em Portugal mata mais de 300 mulheres por ano, segundo o Ministério da Saúde.

A DGS redigiu um Texto de apoio à Circular Normativa nº 22 /DSCS/DPCD de 17 de Outubro de 2008que versa sobre os seguintes assuntos:
História natural da infecção por Vírus do Papiloma Humano (HPV)
HPV e infecção
Transmissão da infecção
Desenvolvimento do cancro do colo do útero
Outras patologias associadas ao HPV
Epidemiologia do HPV
Dados portugueses
Estratégias para o controlo das infecções e doenças causadas por HPV
A vacinação
Rastreio

Justificação da introdução de uma vacina contra infecções por Vírus do Papiloma Humano no Programa Nacional de Vacinação

Imagem: vírus do papiloma humano fonte - SCIENCE PHOTO LIBRARY

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Absens heres non erit. (*)

O Sala-de-Enfermagem divulga uma carta que tem circulado por alguns e-mails. Nada do que aqui está escrito reflecte a opinião de nenhum dos redactores do blogue. Embora a possamos subscrever.

"Caros Colegas Enfermeiros,

Há longa data, repetidamente reciclada, estamos todos à espera que a enfermagem tenha finalmente uma carreira digna dos profissionais de louvor a que diz respeito. Porém, há vários anos que isso nos é prometido e há outros tantos que tal é adiado. E, ao longo destes anos, enquanto este impasse se não resolve, todos vimos carreiras congeladas. Para além de já ganharmos mal relativamente ao trabalho que desenvolvemos, aos riscos que a nossa profissão acarreta e ás qualificações que possuímos, há vários anos que não há subida para ninguém! Nem sequer a licenciatura que todos foram obrigados a fazer nos serviu de nada! Dinheiro e tempo gasto na escola, para na prática se passar a receber mais 0 Euros! Fala-se actualmente que até Setembro a nova carreira de enfermagem terá que estar definida, mas sinceramente ninguém já acredita em nada. E mesmo que até Novembro seja definida uma nova carreira de enfermagem, acreditem meus amigos que será muito má, pois segundo as fontes que tenho a contraproposta apresentada pelo governo irá arruinar por completo a Enfermagem, e como sempre haverá alguém “que diz defender a classe de Enfermagem” que irá mais uma vez concordar com o governo e estará pronto a assinar a nossa “sentença de morte”.

Todavia colegas perguntam vocês: “Mas afinal de quem é a culpa de toda esta fraude que todos temos vivido na última década?”.

Para essa pergunta a resposta é facílima e eu próprio a tenho: “A CULPA é de todos nós caros colegas”! A culpa é nossa pois temo-nos deixado manipular como autênticos fantoches, temos sido vandalizados consentidamente, temos caído em todas as armadilhas e ciladas que nos têm sido montadas quer pelos sucessivos governos, quer por alguns membros de alguns Sindicatos e da Ordem dos Enfermeiros que apenas representam as respectivas fundações para beneficio próprio mesmo que para isso tenham que sacrificar toda uma profissão e toda uma classe de Enfermagem! E o que é que nós temos feito perante esta situação caros colegas? Temos ficado impávidos e serenos na esperança que um dia de manhã acordemos e todos os problemas da enfermagem tenham sido resolvidos!

Com muita pena minha, lamento dar-vos a triste noticia mas essa suposta manhã não vai chegar nunca, pois como todos já devem ter reparado, a cada dia que passa a enfermagem está cada vez mais no fundo do poço, estando a atingir um fundo tão longínquo que daqui a um pequeno nada, não existe corda nenhuma que a volte a agarrar e a trazer á tona da água.

Parem todos 1 minutos para pensar:
-O crescendo de escolas e vagas não parou desde o momento em que foi criada a licenciatura em Enfermagem, em 1999;

-Por ano saem das escolas de Enfermagem cerca de três mil licenciados em Enfermagem;

-Neste momento existem em Portugal cerca de três mil enfermeiros desempregados a trabalhar em lavandarias, caixas de supermercados e na construção civil, e daqueles que estão empregados muitos deles sujeitam-se a receber cerca de 500 euros mensais.

-Actualmente as escolas portuguesas de Enfermagem têm quinze mil alunos em formação e o número de vagas de ingresso no curso continua a aumentar!

Pensem agora o que será da enfermagem daqui a uns meros cinco anos. Haverá nessa altura cerca de 15 mil enfermeiros no desemprego. E calculo que todos consigam imaginar que uma profissão com quinze mil desempregados fique automaticamente sem poder reivindicativo, pois tudo no mercado se baseia na lei da oferta e da procura. Penso também que consigam imaginar, e isto também para aqueles que já estão em topo de carreira que o seu preço/hora poderá vir a baixar e poderão vir a ter que trabalhar mais e a receber...bem mas bem menos! É o que acontece com as uvas na altura das vindimas que são vendidas a uma terça parte do preço do que nas restantes épocas do ano pela grande dificuldade em dar escoamento a este produto na altura da sua colheita. Portanto não pensem que isto é um problema apenas dos mais novos pois esta crise irá ser vivida por todos os profissionais de enfermagem caso não seja travada atempadamente, e atempadamente será AGORA.

Mas afinal o que tem feito a nossa Ordem perante esta situação que todos conseguimos enxergar? Continua a dizer que faltam cerca de trinta mil enfermeiros em Portugal! O que têm feito os sindicatos? Distribuir papeis que publicitem trabalho do sindicato mas na prática não têm feito mais que receber as quotas mensais dos seus associados! Mas pior do que isso, o que temos feito todos nós estimados colegas? NADA, absolutamente nada! Temos todos sido uma verdadeira mole de lentificados e comodistas! Enquanto conjunto e força não temos lutado rigorosamente nada pelos nossos direitos e pela nossa carreira, e isso é vergonhoso!

É por isso meus amigos que hoje vos escrevo esta carta na esperança que todos levantem os braços e ponham mãos à obra! Recordem todos o que ainda o ano passado os nossos colegas finlandeses conseguiram graças à união:” Dezasseis mil enfermeiros finlandeses uniram-se e ameaçaram o governo com uma demissão em massa, caso não lhes fosse conferido um aumento de ordenado de 24%. O sistema de saúde finlandês ficou assim em risco de parar completamente. Perante isto o que pôde fazer o governo? Antes de terminar o prazo imposto pelos enfermeiros foi obrigado a ceder ás exigências impostas pela classe de enfermagem do referido país pois caso contrário o sistema de saúde entraria em rotura total.

Da mesma forma recordo-vos também o caos que ainda o mês passado o país viveu graças à pequena greve de três dias dos camionistas! Não sei se todos estiveram nas filas intermináveis de carros juntos das gasolineiras para meterem os derradeiros litros de gasolina, depois de terem passado por algumas já fechadas por terem esgotado os combustíveis, todos devem ter reparado na corrida aos supermercados para comprar os últimos produtos das prateleiras quase vazias e da ruptura de stocks de todos os supermercados que, para não alarmarem o país, não deixaram os jornalistas filmar o seu interior completamente desfalcado.

Agora pensem no caos que se geraria em Portugal se todos os enfermeiros se unissem uma vez na vida e fizessem uma paralisação total. Estão todos a imaginar os serviços de urgência a rebentar pelas costuras e a prestarem apenas os cuidados mínimos emergentes? Estão a ver os blocos operatórios todos a operarem apenas as emergências apesar das intermináveis listas de espera? Estão a ver os serviços de internamento completamente atulhados, a cheirarem nauseabundamente sem poderem admitir mais doentes os quais ficariam retidos nas urgências que por sua vez ficariam imediatamente sem macas e sem espaço para mais ninguém até ao ponto que já ninguém conseguiria passar as portas da admissão para dentro? E já pensaram no protesto que a população civil faria perante o governo? O Serviço Nacional de saúde entraria imediatamente em rotura, entraríamos imediatamente numa situação insuportável e incontornável, restando ao governo uma única solução, ceder a ás exigências feitas pela Classe de Enfermagem.

Penso que agora está claro para todos que se quisermos sair da “arrastadeira onde nos meteram e nos defecaram em cima” só haverá uma forma: Uma Aliança entre todos os enfermeiros fazendo uma GREVE POR TEMPO INDETERMINADO até o governo ceder à proposta que lhe for apresentada pela supracitada classe. Mas uma carreira decente para todos nós caros colegas. Eu tenho uma delineada que vos darei a conhecer futuramente caso estejam interessados em lutar ao meu lado. Uma carreira que mesmo aqueles que à partida não poderiam subir mais nada pela antiga carreira ainda poderão subir e ganhar mais uns bons belos euros, os quais por sua vez irão ter um grande impacto quando os colegas forem aposentados.

Uma única vez na vida vamos todos remar para o mesmo lado Senhores Enfermeiros. UNAM-SE, ASSOCIEM-SE, UNIFIQUEM-SE, REVOLTEM-SE contra o que nos têm feito. Deixem de se acobardar perante a pressão dos vossos chefes e dos vossos directores. ACREDITEM na nossa FORÇA pois todos unidos será impossível vencerem-nos. Eu acredito em vocês. Há por ai quem se ria de nós e diga que os enfermeiros são demasiado cobardes e medrosos para fazer uma coisa desta dimensão, mas seguidamente também dizem que se tivessem coragem para o fazer criariam imediatamente uma situação incontornável no país á qual o governo seria obrigado a ceder. Basta metade de nós ter coragem para o fazer. Mas eu acredito que serão todos a fazê-lo e não apenas metade. Façamos todos unidos, o 25 de Abril da Enfermagem.

É para uma GREVE POR TEMPO INDETERMINADO que eu apelo a todos os enfermeiros. Até aqui apenas têm sido feitas greves politicas da função pública e da frente comum dos sindicatos, ou seja, no final de contas apenas temos feito greves em proveito de outras classes profissionais. Agora greves exclusivas da classe de enfermagem quantas foram feitas na última década meus amigos? Nem vê-las e é por isso que este país nos tem torturado constantemente. Portanto está encontrada a solução para o problema da enfermagem e a um pequeno passo de ser posta em prática, mas para isso necessito da colaboração e união de todos vocês!"

Caros Colegas, retirem as vossas conclusões. Façam um exercício introspectivo e comentem em consciência.

Absens heres non erit - Não há ausentes sem culpa nem presentes sem desculpa



quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ética em Enfermagem - Uma Luz com Futuro

Voltamos aos artigos de opinião no Sala-de-Enfermagem.
Desta vez temos para apresentar um artigo original da autoria da Enfermeira Nisa Gomes. Enfermeira no Hospital de Santo António dos Capuchos, observadora atenta da realidade no seu blogue "Rebenta a Bolha" e, por fim, redactora associada do Sala-de-Enfermagem.



Ética em Enfermagem
Uma Luz com Futuro

Decorreu no dia 26 de Setembro no Grande Auditório da Faculdade de Ciências de Lisboa, Campo Grande, o IX Seminário de Ética da Ordem dos Enfermeiros subordinado à temática “10 Anos de Deontologia Profissional, 60 Anos de Direitos Humanos”.

Com grande ênfase à abordagem dos direitos humanos enquanto base para o desenvolvimento e argumento da Deontologia, este seminário contou com a presença da Digníssima Bastonária da Ordem dos Enfermeiros Enfª Maria Augusta de Sousa, Professor Doutor Silveira de Brito, Professor Doutor Daniel Serrão, Enfª Teresa Oliveira Marçal, Enfº José Cerqueira, Enfª Merícia Bettencourt, Enfª Margarida Vieira, Enf.ª Lucília Nunes e Enf. Sérgio Deodato, entre outros. Todos os conteúdos expostos e debatidos encontram uma área comum de significância que reflecte a sua interdependência.

Pela sua complexidade, Ética e Deontologia encadeiam-se embora caracterizem entidades diferentes. Enquanto a primeira se rege pela noção do que é bom, a vida boa, poder-se-á fazer referência à Deontologia quando se integra o saber que remete para o saber fazer que diz respeito à praxis profissional. Neste sentido, e de acordo com Oliveira de Brito na sua intervenção, a Deontologia Profissional totaliza-se pelos deveres e obrigações do profissional, entendidos enquanto normas que orientam o seu desempenho. Já o Código profissional que inclui os valores, princípios e normas da profissão constitui o instrumento e não a finalidade em si, em uso no empenho profissional.

Sendo assim, e como reforçado por Oliveira de Brito, o Código Deontológico (CD) pode ser percebido como a exteriorização dos valores que devem reger a profissão e que se materializa pelos Direitos Humanos enquanto fundamento-base de todos os CD.

Face à criação e consolidação do CD, instrumento de e para a profissão, o Juramento cria um compromisso ético em que o profissional se consciencializa do seu papel e das possibilidades interventivas situadas num quadro ético-deontológico. O Juramento como compromisso profissional face à liberdade e dignidade humanas e do enfermeiro, o respeito pelos princípios e valores que regem a profissão, o altruísmo, a liberdade responsável, verdade e justiça, a procura da qualidade no exercício profissional, elementos que merecem destaque diário e um esforço constante por parte de todos os enfermeiros envolvidos no sentido de se valorizar um dos aspectos mais complexos e importantes no campo profissional – ético-deontológico.

A protecção da vida e a protecção da saúde interagem reciprocamente com o direito à protecção da saúde e direito ao cuidados de saúde pelo que e percebe de imediato a sua interligação com os Direitos Humanos através da relação com o cliente/utente, que prefiro nesta circunstâncias tratar por pessoa. Assim o é também afirmado por Lucília Nunes cuja intervenção no decorrer deste Seminário foi exemplo para a continuação da aposta no desenvolvimento profissional multidimensional que integra, quer as cinco áreas de actuação definidas no Regulamento do Exercício Profissional do Enfermeiro, quer as que se intercruzam, como as que concernem à vertente mais relacional ou humana e que é diariamente alvo evidente de desvalorização por parte de alguns profissionais de saúde e motivo de descontentamento por parte da sociedade.

Na verdade, se se verificar que os enfermeiros se deparam constantemente com dilemas éticos e necessidade permanente de tomar decisões complexas cuja resolução está dependente dos valores e princípios éticos, morais e legais, de orientações de conduta, de repente nos apercebemos da importância que esta dimensão assume no campo profissional.

Finalmente, é crucial perceber que a sociedade tem expectativas, que espera algo da actuação dos enfermeiros e que tende a valorizar a sua dimensão moral, sendo que as virtudes institucionais – saber, respeito, serviço, competência e justiça – comprometem o profissional para um maior esforço que concorre para a qualidade no seu desempenho (Ordem dos Enfermeiros, 2005). Importa por isso reflectir ma acima de tudo integrar essas reflexões no exercício diário junto das pessoas que são alvo/parceiros nos cuidados e que merecem uma assistência digna da sua condição humana e particular.

Enf.ª Nisa Gomes

Referência bibliográfica:
ORDEM DOS ENFERMEIROS – Código Deontológico do Enfermeiro: dos Comentários à Análise de Casos. Lisboa: Ordem dos Enfermeiros, 2005.

Inimici sui amicum nemo in amicitia sumit. (*)


1) No seguimento das intervenções que a Ordem dos Enfermeiros tem vindo a desenvolver e, após a divulgação da Tomada de Posição sobre a Administração de Vacinas e Injectáveis nas Farmácias - divulgada a 1 de Setembro e suportada num parecer do Conselho de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros - a OE teve conhecimento que colegas que inicialmente tinham aceite realizar acções de formação a farmacêuticos suspenderam a sua disponibilidade para tal.

A Ordem dos Enfermeiros congratula-se com compreensão, por parte dos colegas, da problemática que tais atitudes envolvem para a profissão e com o trabalho desenvolvido pelos Presidentes das Secções Regionais da Ordem dos Enfermeiros, nomeadamente das Secções Regionais do Centro e do Sul, na sensibilização dos colegas para esta matéria.


2) Está a Ordem dos Enfermeiros a elaborar um dossiê com as informações de que tem conhecimento, bem como sobre irregularidades verificadas em farmácias, para preparar a sua intervenção.


3) Está ao dispor de todos os membros, NA ÁREA RESERVADA DO SITE, o parecer nº 60/2008 do Conselho de Enfermagem, subordinado ao tema «ORIENTAÇÕES TÉCNICAS PARA A VACINAÇÃO EM SECTOR PRIVADO».


4) Será divulgada informação aos membros sobre o resultado da reunião que se realizará a 23 de Outubro com a Ordem dos Farmacêuticos.


Fonte: Ordem dos Enfermeiros (Link)


O Sala-de-Enfermagem aplaude de pé.

(*)-Não pode ser meu amigo o amigo de meu inimigo.



quarta-feira, 22 de outubro de 2008

1.º Grande Arraial na Farmácia Alfredo (com música a combinar...esse som no máximo!)



(imagem humorística original, toda e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência)

Okay, a música é boa...mas tentem ler o artigo...vá lá...

Como se não bastassem os últimos avanços por parte de profissionais de áreas distintas, como os farmacêuticos, eis que chega ao correio electrónico de um dos redactores o seguinte anúncio:

Curso de Formação: Auxiliar de Geriatria
Instituto de Ciências da Saúde do Porto
Área de formação: Saúde
Modalidade: Presencial

Distrito: Porto

Preço: 500,00 €

Data Inicio: quinta-feira, 13 de Março de 2008
Duração: 4 meses
Horário: Laboral e Pós Laboral
Local: Rua Júlio Dinis, 748 - 7º andar - 4050-012 Porto (ao Parque Itália)
Número de horas: 100 horas
Objectivos: O curso tem como objectivo dotar os formandos dos conhecimentos e das competências técnicas necessárias para apoiar idosos em instituições ou no seu domicílio.
Programa: Os serviços de prestação de cuidados a idosos (lar de terceira idade;centro de dia,apoio domiciliário) Saúde e cuidados básicos no idoso (Higiene, Alimentação e nutrição do idoso Administração de medicamentos, Incontinência, Úlceras por pressão: prevenção e tratamento, Reabilitação), Gerontologia (Psicologia do idoso,Problemas neurológicos nos idosos,O idoso no confronto com a morte,Como auxiliar os processos de luto no idoso,a importância da reciclagem dos papéis de vida) Promover a qualidade de vida do idoso (Terapia ocupacional,Animação sócio-cultural com idosos) O apoio ao cuidador (Auxiliar o cuidador nos cuidados básicos a ter com o idoso, O apoio psicológico ao cuidador em caso de doença grave ou morte do idoso.


Se não questionamos a pertinência do ponto prevenção, o mesmo não acontece com o ponto tratamento. A menos que, ridiculamente, se limite a "chamar o enfermeiro". É mais um episódio da novela "Enfermeiros? Para quê?". Uma vez que vivemos num país pejado de "super-farmacêuticos-que-sabem-e-fazem-tudo-menos-neurocirurgia-e-transplantes" e, mais recentemente, de "auxiliares-de-geriatria-responsáveis-pela-reabilitação-e-especialistas-em-tratamento-de-feridas" a questão que se impõe é:


Para quê mais médicos e enfermeiros?

Surpreendentemente:

Farmácias vão prestar primeiros socorros:
Os farmacêuticos vão passar a assistir doentes através de cuidados de suporte básico de vida – oxigenar alguém com um ataque de asma ou fazer manobras de reanimação a um diabético com hipoglicemia. A lei permite, a Ordem dos Farmacêuticos (OF) aproveita. E fez um acordo com a Cruz Vermelha Portuguesa para formar os profissionais.
José Mário Miranda, membro da direcção da OF, explica que as farmácias aderentes vão ter um símbolo a identificar que ali se prestam, gratuitamente, cuidados deste tipo.

Ler notícia completa aqui. (clique para ler)

Nós, por cá, gostamos em especial desta notícia. Aliás, aplaudimos de pé. E que tal fechar todos os hospitais? Na compra de duas caixas de Valium oferecemos uma reanimação pós-tentativa de suicídio! Ou na compra de um Vibrocil Gotas Nasais oferecemos uma hora de oxigénio totalmente grátis?

E quem é o responsável pelos cuidados? O senhor Alfredo da farmácia, ajudante técnico de profissão, mas muito simpático! Sim porque o sôtor não está. Está nas Maldivas a gozar os rendimentos provenientes da cartelização e venda de drogas (lícitas...mas drogas). Em breve vai poder fazer a sua cirurgia LASIK(TM) numa farmácia perto de si, a sua trombólise numa farmácia perto de si, a sua Colangiopacreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) numa farmácia perto de si....e a questão que se põe é:

Para quê manter hospitais abertos?

(No Sala de Enfermagem...lamentamos a música...vai um pézinho de dança?)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Férias Super "Calientes" (com música a combinar)


"Os 14 médicos do Uruguai que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) contratou no início de Julho ainda não podem trabalhar em Portugal por não estarem inscritos na Ordem dos Médicos"

"Os clínicos entraram para o INEM no dia 1 de Julho, após terem assinado contratos a termo certo por um período de três anos, que lhes garante um ordenado mensal de cerca de três mil euros.

Desde que estão no INEM, os 14 médicos estrangeiros já realizaram formação em emergência pré-hospitalar, tendo participado, nomeadamente, num curso de viatura médica de emergência. Concluíram, aliás, a formação prevista para a primeira fase – a qual ia permitir pô-los já a trabalhar no terreno. No entanto, desde o início deste mês, limitam-se a acompanhar e a observar o trabalho dos seus colegas do CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) – um aspecto da formação que estava previsto realizar «futuramente», segundo a newsletter de Setembro publicada pelo INEM."

Ler notícia aqui.


Ups. Então os senhores auferem 3000 euros mensais e não podem trabalhar...ah, já percebi, são férias remuneradas! Viva o luxo, quem pode, pode. Só falta mesmo usarem uma VMER para ir às compras...com umas luzes por baixo e tal...

A Sala-de-Enfermagem fica estupefacta!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Estou sim?!




Oito fundadores e supervisores da linha Saúde 24 (800 24 24 24), lançada há ano e meio, escreveram uma carta à ministra Ana Jorge denunciando aquilo que consideram ser “o caos organizativo” em que este serviço caiu.

Segundo a notícia avançada hoje pelo “Correio da Manhã”, a carta, com 15 pontos, os subscritores apontam falhas na plataforma de atendimento, que chega a estar inoperacional por várias horas, dizem que há utentes que ligam para a linha mas que não são atendidos e que há falhas na comunicação com os serviços de emergência.

Na carta, a empresa responsável, regida numa parceria público-privado com a operadora LCS, SA, do grupo Caixa Geral de Depósitos, é ainda acusada de alterar regras no atendimento para poder ganhar mais dinheiro e das triagens dos doentes nem sempre serem eficazes e rápidas como era esperado.

Os supervisores alertam ainda para o facto do director do centro de atendimento ter pedido que as transferências para o INEM sejam imediatas, mesmo antes de uma avaliação correcta das reais necessidades do doente, porque “o Estado só paga se 95 por cento das chamadas forem tratadas e transferidas em menos de 10 minutos”, diz o documento, citado pelo “Correio da Manhã”.

A LCS foi alvo de uma providência cautelar interposta por cinco dos enfermeiros supervisores, que viram os seus horários de trabalho alterados unilateralmente e que se queixam ainda de terem sido impedidos de entrar no local de trabalho e de terem acesso ao sistema informático.

Contactada pela Lusa, a Direcção-Geral de Saúde rejeitou as críticas de falta de eficácia e "caos organizativo" da linha telefónica Saúde 24, alegando que a qualidade do atendimento e o interesse público estão salvaguardados.

"É natural que haja interesse da operadora em ter lucro. Nós, Direcção-Geral da Saúde (DGS), marcamos a diferença no cumprimento da qualidade do serviço público. Asseguramos que a qualidade e o interesse público estão acima de qualquer outro interesse", afirmou à agência Lusa o responsável da DGS pela linha, enfermeiro Sérgio Gomes.

Face às denúncias de falhas no atendimento, a Direcção-Geral da Saúde responde que a taxa de eficácia tem níveis superiores a 95 por cento.

Assim, em 100 chamadas realizadas, menos de cinco ficarão por atender, sublinha Sérgio Gomes, lembrando ainda que a linha Saúde 24 atende uma média de 1600 chamadas diárias.

O balanço ao final de um ano apontava para 125 mil horas de atendimento e 106 mil idas às urgências evitadas.

(fonte:jornal Público)


Em resposta:

A Direcção-Geral de Saúde rejeitou as críticas de falta de eficácia e "caos organizativo" da linha telefónica Saúde 24, alegando que a qualidade do atendimento e o interesse público estão salvaguardados.

(Fonte: Jornal de Notícias)


A ministra da Saúde garantiu, esta segunda-feira, ter informações de que a qualidade do atendimento na linha telefónica Saúde 24 "é boa". Ainda bem que não disse "porreira", ou "jeitosinha", ou "bacana", ou "fixe". Não está bem mas está boa...Boa, Senhora ministra! Sempre em cima do acontecimento. Logo agora que todos esperávamos que dissesse mal de uma iniciativa política socialista.


Resenha de imprensa:

Público: Supervisores da linha Saúde 24 denunciam "caos organizativo" deste serviço

JN: Direcção-Geral nega caos na Linha Saúde 24

CM: Linha Saúde 24 vive no caos


DG: Ministra da Saúde considera atendimento «bom»


RTP: Direcção-Geral garante qualidade no atendimento da Linha Saúde 24




domingo, 19 de outubro de 2008

AVC's Pediátricos

Estudos científicos realizados no estrangeiro revelaram que o acidente vascular cerebral (AVC), que afecta também crianças e adolescentes, tem a maior incidência no grupo dos recém-nascidos. Em Portugal, a Unidade de Vigilância Pediátrica (UVP) da Sociedade Portuguesa de Pediatria vai dar início a um trabalho análogo, a partir do dia 1 de Dezembro. Os resultados finais deverão ser conhecidos dentro de seis anos.

A UVP trabalha em articulação com a comunidade nacional de pediatras, tendo a seu cargo a investigação clínica de doenças raras até 100 novos doentes por ano. Os especialistas, de forma voluntária, informam, mensalmente, aquele órgão da Sociedade Portuguesa de Pediatria acerca das doenças sob vigilância, competindo, depois, à UVP estudar a enfermidade, dando indicações sobre o diagnóstico e o respectivo tratamento. Assim sucedeu com a infecção congénita por estreptococo do grupo B, uma bactéria que causa infecção nos recém-nascidos, provocando doença aguda grave e morte. Através do empenho do UVP, das instruções sobre como prevenir a doença, dois anos após tinha havido uma redução de vítimas.

Quanto ao AVC, a nível internacional surgem quatro crianças afectadas em mil. O alerta, conforme esclareceram ao DN as médicas Almerinda Barroso Pereira e Leonor Sassetti, da comissão executiva da UVP, abarca um universo de 1700 pediatras e internos de pediatria. A partir da altura que algum deles noticie ter observado um caso, será enviado um questionário com dados que os investigadores pretendem conhecer. Importante, então, saber como o AVC surgiu, quais os seus sintomas e sinais, a evolução e o tratamento. Uma vez na posse dessa informação, a UVP fornecerá o diagnóstico ou o tratamento mais adequados.

Ainda de acordo com Almerinda Pereira e Leonor Sassetti, os principais factores de risco de AVC nas crianças respeita a anemias, má formação do coração, doenças metabólicas, má formação artériovenosa cerebral. No entanto, reconhecem, "há outras causas desconhecidas".

Ler notícia completa AQUI. (clique para ler)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Quem dá mais? 12.º Ano ou Licenciatura?

Foi no passado dia 22 de Setembro que saiu este concurso (publicado na bolsa de emprego pública dos Açores):

AVISO
1. Para os devidos efeitos, faz-se público que o Hospital de Santo Espírito de Angra do
Heroísmo, E.P.E. pretende recrutar, em regime de contrato de trabalho a termo resolutivo certo, pelo período de seis meses, renovável, ao abrigo da alínea f) do nº 2 do artigo 129º do Código do Trabalho, 34 indivíduos para desempenhar as funções correspondentes à categoria profissional de enfermeiro, com uma carga horária semanal de 40 horas.
2. Remuneração ilíquida mensal: 1.132,93 €, a que acrescerá o montante diário de 4,11 € de
subsídio de refeição.
3. É requisito de admissão possuir o título profissional de enfermeiro.

4. Os candidatos deverão ter disponibilidade para trabalhar por turnos.

5. O método de selecção a utilizar é a avaliação curricular que poderá ser complementada com entrevista de selecção.

6. Os requerimentos deverão ser remetidos pelo correio - Secção de Pessoal do Hospital de
Santo Espírito de Angra do Heroísmo, E.P.E., sita à Canada do Barreiro, 9701-856 Angra do Heroísmo, ou entregues, pessoalmente, no horário de expediente (dias úteis, das 8,30 às 14 horas), até ao dia 30 de Setembro de 2008.
7. Os requerimentos deverão ser devidamente acompanhados da seguinte documentação:

a) Curriculum Vitae;

b) Certificado de habilitações literárias;

c) Quaisquer outros elementos que o candidato considere relevantes para apreciação do seu mérito profissional.

Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, EPE, 22 de Setembro de 2008
O Vogal do Conselho de Administração
Filipe Alexandre Veiga Rocha



Até este ponto todos estamos de acordo. O aviso é bonito, está bem redigido, de acordo com a legalidade e cumprindo os cânones da "arte de bem publicar avisos públicos".

O problema surge no momento da divulgação dos resultados...
Ora consta que, os candidatos que não enviaram o certificado de habilitações literárias exigido foram excluídos. E dizem vocês, foram e muito bem! Afinal consta do ponto 7, alínea b, o envio obrigatório do certificado de habilitações literárias!

Certo amigos leitores, no sala-de-enfermagem estamos de acordo. E, pergunta o senhor leitor, enviando o certificado de habilitações literárias, atestando a licenciatura que se obteve, já somos incluídos? Pois senhor leitor, a resposta é NÃO!

E porquê? Porque, segundo consta, era obrigatório o envio do Certificado de conclusão do 12.º Ano. No entanto, o certificado de habilitações literárias é considerado o certificado que concede o maior grau académico, e portanto o que concede o grau de LICENCIADO em Enfermagem.

Ainda assim, sabemos que para exercer a profissão de Enfermeiro em território nacional basta, apenas, a cédula profissional, uma vez que a Ordem dos Enfermeiros tem como função (para além de regulamentar a prática de enfermagem) atestar, ou não, a capacidade e as habilitações para, legalmente se ter acesso à prática profissional.

No entanto, com a boa vontade dos jovens enfermeiros, lá se vai enviando até porque, se for pedido...sob pena de exclusão, tem mesmo de ser. Mas, enviar o certificado de conclusão do 12.º ano porquê? Mistérios da saúde. Os Açores ainda são Portugal...pelo menos da última vez que vimos um mapa era...

Aqui, no sala de enfermagem, estaríamos em silêncio se constasse do aviso, para além do certificado de habilitações académicas o certificado de conclusão do Ensino Secundário. Mas a realidade é que isto não acontece...ora se me pedem para atestar o meu grau académico. Lamento meus senhores, podem querer pagar-me como licenciado, como bacharel, como Assistente Administrativo ou mesmo como lojista...mas eu sou LICENCIADO!


Segundo parecer colhido junto da Ordem dos Enfermeiros é dada razão aos jovens Enfermeiros que protestam contra mais esta injustiça. Ou devo chamar-lhe anedota?

Segundo opinião expressa no site "forum Enfermagem" pela colega Paula Gomes, as responsáveis por este júri já estão identificadas. Dá para perguntar se, ocasionalmente, se lembraram de ir ver qual o grau académico que permite (em regime normal) o acesso ao Curso de Licenciatura em Enfermagem e se, ocasionalmente, se recordaram de aclarar a noção de "habilitações académicas".