segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Estou?Estou...?ESTOU!?...Olha...isto paga-se na mesma?

"Das 02h00 até perto das 07h00 da madrugada de sábado para domingo a Linha Saúde 24 esteve sem conseguir atender chamadas, fazer triagem de doentes ou referenciar casos para as unidades de saúde. Um utente podia ligar, mas o telefonema não era atendido, apesar de lhe ser cobrado o habitual custo da chamada local."

Na origem das falhas esteve a actualização do sistema informático, que obrigou ao corte das linhas telefónicas durante uma parte da noite e depois impediu que os enfermeiros conseguissem aceder ao programa informático que faz o despiste das situações e permite o aconselhamento dos utentes sobre o que fazer em caso de doença. As chamadas começaram depois a ser atendidas via central do Porto, mas sempre sem o acesso ao sistema de triagem. O problema ficou solucionado perto das 07h00, mas a comunicação com as unidades de saúde (hospitais e centros de saúde) através de fax só ficou operacional por volta das 10h00.

Esta actualização já estava prevista, mas não foi informada aos utentes da linha, apenas aos funcionários que estavam de turno. E, como o sistema esteve inoperacional, é impossível perceber quantas chamadas se perdeu. Mas, ao que o CM apurou, a linha de atendimento recebeu dois casos de emergências que tiveram de ser encaminhados para o INEM através de chamadas manuais dos enfermeiros que estavam a trabalhar, mas sem que fosse possível enviar dados clínicos sobre os doentes. Houve também um caso de perigo de intoxicação que não foi possível transferir para o Centro de Informação Anti-Venenos (CIAV) do INEM e o operador foi obrigado a fornecer o número de telefone ao utente para ele próprio ligar.

Contactado pelo CM, o responsável da Direcção-Geral da Saúde pelo acompanhamento da Linha, Sérgio Gomes, afirmou apenas ter conhecimento de que haveria uma actualização do sistema, mas remeteu mais esclarecimentos para a entidade gestora. O nosso jornal tentou contactar o responsável pela LCS, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição.


SUSPENSA ENFERMEIRA VOZ DA LINHA

"Bem-vindo à Saúde 24. Por questões de segurança os seus dados pessoais serão registados. Por favor, não desligue. Obrigado." A voz da mensagem que se ouve sempre que alguém liga para o 808 24 24 24 é a da enfermeira suspensa na passada semana pelo conselho de administração da Linha Saúde 24. Ana Rita Cavaco é um dos oito supervisores que denunciaram problemas no serviço e a primeira subscritora da carta enviada à ministra da Saúde, Ana Jorge. Na 5ª feira, a administração da LCS comunicou-lhe que estava suspensa e que a sua presença é considerada "inconveniente nas instalações da empresa". Foi-lhe aberto um processo disciplinar, apesar de não ter sido comunicada nota de culpa (razão para o processo). A situação aumentou o clima de mal-estar na equipa que assegura o serviço.


DENÚNCIA

Numa carta enviada a Ana Jorge, oito supervisores do serviço alertam para o caos organizativo.

REACÇÃO

A ministra Ana Jorge pede à Direcção-Geral da Saúde que analise as denúncias. Esta avaliação está em curso. A empresa LCS rejeita as acusações e paga anúncio nos jornais onde defende que as denúncias se explicam pelo facto de os enfermeiros quererem "manter o pluriemprego e conveniências pessoais".

INVESTIGAÇÃO

A Ordem dos Enfermeiros está também a analisar este caso.

Fonte:CM, ler Aqui. (Clique para ler)


Opinião da Ministra, Dr.ª Ana Jorge,

«A Ministra da Saúde recusou comentar esta segunda-feira a falha de funcionamento da Linha Saúde 24 durante a madrugada de sábado para domingo, que o 'Correio da Manhã' noticiou. Ana Jorge remeteu-se ao silêncio por estar ainda a aguardar os “resultados” de uma reunião entre a Direcção de Saúde e a empresa gestora do serviço.

A Ministra da Saúde ressalvou, no entanto, o bom funcionamento deste serviço de um modo geral: “A Linha Saúde 24 tem vindo a desempenhar um bom trabalho de resposta à população e esperamos que não se repita aquilo que possa ter acontecido”.

Ana Jorge revelou ainda estar também a acompanhar as situações de “falha” no atendimento telefónico do Instituto nacional de Emergência Médica (INEM), garantindo que são apenas “casos pontuais”.

A reunião entre a Direcção-geral de Saúde e a empresa gestora da Linha Saúde 24 decorreu esta manhã, mas a Ministra da Saúde diz que não sabe quando vai ter os resultados da mesma.»


Fonte: CM, ler Aqui.(clique para ler)

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